ITÁLIA: PRODUÇÃO DE VINHOS E AS DENOMINAÇÕES DE ORIGEM

     Na Itália, o consumo de vinho faz parte da cultura popular, afinal, eles estão no dia a dia do italiano durante suas refeições. São produzidos para harmonizar e tornar o momento mais prazeroso e saboroso, além de também ser uma forma de cuidar da saúde.

     Sendo um território de solo e clima diversificado, o que favorece a produção de vinhos, o páis, buscando seguir a tradição, dividiu-se em 3 grandes regiões produtoras: Norte (Noroeste e Nordeste), Centro e Sul.

     De um lado, tem-se o frio do Norte, dividido em Noroeste, já próximo à fronteira com a França, com destaque ao Piemonte, a Lombardia e a Liguria; e em Nordeste, oposto a ele, onde encontram-se as sub-regiões de Friuli, Trentino e Veneto. Ganhando em acessibilidade de preços, está o lado central, também subdividido em Toscana, Lazio, Abruzzo, Umbria, Emilia Romana e Marche, com uma grande área produtora, garantindo, assim, vasta variedade de vinhos. Já no Sul, segmentado em Campania, Puglia, Basilicata, Calabria e Sicília, o clima é mais quente e potencializa as uvas.

     Cada região apresenta sua particularidade de vinhos e de uvas para sua produção, o que levou à criação de especificações que confirmam a procedência e qualidade de cada produto, visto que os vinhedos fazem parte da cultura do país, que não deve ser desrespeitada. Dessa forma, é possível encontrar nos rótulos as siglas com cada denominação dada, que são apoiadas e controladas pelo governo, por meio de processos rigorosos de inspeção.
  • DOC (Denominação de Origem Controlada): controla a entrega conforme determinada categoria, baseada na procedência da uva, nos vinhedos, na qualidade do vinho produzido, no estágio mínimo obrigatório, no tipo de barricada utilizada e no teor alcóolico.
  • DOCG (Denominação de Origem Controlada e Garantida): possui as mesmas solicitações da DOC, porém com alguns acréscimos, como a prova de degustação do Ministério da Agricultura, que avalia, a fundo, se a produção atende às exigências. Dessa forma, garante que aquela produção represente a uva da região, o terroir (conjunto de elementos, como o solo, o clima, as videiras e o fator humano na produção do vinho), entre outros.

Ambas as denominações fazem parte da DOP (Denominação de Origem Protegida).

  • IGP (no Brasil, IGT, Indicação Geográfica Típica): garante a procedência da uva, porém, dando mais liberdade ao produtor em relação ao plantio, à quantidade em cada cacho e aos cortes entre as uvas da região e às internacionais.
  • Clássico: são os vinhos produzidos na região de origem da uva utilizada, pois é possível produzi-la fora desse local sem perder as suas principais características.
  • Riserva: são vinhos de melhor qualidade, devido à uma ótima colheita que o potencializa, garantindo teor alcóolico mais elevado do que a classificação exige e sabores mais intensos, mas ainda dentro dos padrões estipulados.
  • Passito: são os vinhos produzidos com uvas secas naturalmente, aumentando a concentração do açúcar que será transformado em álcool.

     Então, o que esperar quando falamos em vinhos italianos? Qualidade, variedade de uvas e de estilos e também em modernidade e tecnologia, pois, com o apoio do governo, os vinhedos tornam-se ainda mais produtivos, possibilitando que os produtos sejam cada vez mais aclamados em todo o mundo, inclusive no Brasil.

2 comentários

Marcos Paulo

Ótima explicação, recomendo os vinhos Ca del Profeta, muito bom saber que já estão a venda aqui no Brasil. Um dia conhecerei a vinicola! Grazie

Michele

Confesso que sempre fiquei em dúvida quanto as denomições, DOC, DOCG…ótimo texto, bem esclarecedor e direto!

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