BRASIL, O PAÍS DO VINHO

     Além de futebol, cerveja, carnaval, feijoada, entre outras brasilidades importantes, pode-se dizer que estamos conquistando a certificação de “país dos amantes de vinho”, pois seu consumo está em constante ascensão. Em 2016, cada indivíduo ingeria 1,69 litro, já em 2020, essa quantidade passou para 2,78 litros, tendo, assim, um aumento de mais de 30% em relação a 2019, confirmando o país como uma potência para o mercado vinífero mundial.

     Pode-se dizer que a pandemia é um fator que impulsionou este crescimento? Não o principal, mas, certamente, um colaborador. A verdade é que a variedade de uvas, estilos e harmonizações são o que vêm conquistando o público, que propaga essa paixão com amigos e familiares e, assim, atrai novos consumidores.        

     As plataformas digitais, e-commerce, clubes de vinhos, eventos, entre outros, também aproximaram a cultura vinífera aos brasileiros, visto que qualquer novidade gera curiosidade, por sermos um povo alegre, festivo e que gosta de comidas e bebidas diferentes.

     O paladar nacional tem mostrado preferência aos tintos, destacando as uvas Malbec, Cabernet Sauvignon e Merlot. Os brancos também têm seu espaço com a Chardonnay, Sauvignon Blanc e Moscato. Sendo assim, na hora de harmonizar com a nossa gastronomia, eles mostram todo o seu potencial. Por exemplo, um arroz carreteiro, prato predominantemente leve e com sabores realçados por temperos e charque, pede vinhos de médio corpo, como um branco Chardonnay ou um tinto Merlot. Já quando se trata de um belo churrasco, não há nada melhor do que apreciar o frescor de um espumante com os aperitivos, para quando as carnes entrarem em cena, com a gordura mais acentuada, optar por um Cabernet Sauvignon ou Tannat. Por fim, se o pedido for uma deliciosa moqueca de camarão, o espaço se abre para os Rosés.

     Ao pensar em todos os pratos da nossa culinária, é possível encontrar um vinho para cada um deles, basta se permitir experimentar, ousar e apreciar uma nova experiência.